quarta-feira, 11 de março de 2015

Defesa de dissertação da Mestre Karini Wilke Pens sobre seu trabalho realizado ao Projeto COPAME enquanto Bolsista de Extensão.

É com imensa alegria que compartilhamos o sucesso da nossa ex Bolsista de Extensao, da área da Odontologia, que desenvolveu seu Mestrado em cima do seu trabalho realizado junto ao Projeto COPAME.



A defesa de dissertação da Mestranda: Karini Wilke Pens, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado, da Unisc, ocorreu no dia 27 de fevereiro às 13h30 na Unisc. Seu trabalho de dissertação teve como título: “O Simbolismo da Criança e a Criança como Símbolo: abandonos e sopros de vida”.
Gostaríamos de deixar aqui registrado os nossos votos de muito sucesso!



-> Confira aqui um Resumo do trabalho fornecido pela Mestre Karini W. Pens.



Com esta pesquisa, tive por objetivo compreender como os bebês e as crianças bem pequenas simbolizam a dinâmica do abandono na relação com suas cuidadoras. Através da Etnografia e da Fenomenologia, realizei uma descrição densa dos acontecimentos e do contexto, com base no pensamento de Carl Gustav Jung e autores pós-junguianos. Inspirei-me na ideia de que estamos sempre em busca de realizar algo, através do diálogo entre consciente e inconsciente e do desenvolvimento do eixo Ego-Self. Nesse diálogo surge o símbolo, que é considerado algo carregado de sentido e a antecipação de um estado nascente de consciência. Porém, a compreensão deste ocorre quando o indivíduo se encontra com seu Ego estruturado, ou seja, sua compreensão depende da vontade. Dessa forma, apesar da criança ainda se encontrar em processo de estruturação do Ego, é possível observar os impulsos criadores ou sopros de vida, que estão presentes, desde cedo, e se manifestam através das emergências simbólicas, que a criança vivencia no aqui e no agora. A pesquisa ocorreu na Associação Comunitária Pró-Amparo do Menor – Copame, que é uma Instituição que funciona em regime de abrigo, na cidade de Santa Cruz do Sul – RS, e teve como participantes cinco cuidadoras e três crianças, que se encontravam entre 17 e 35 meses. A escrita foi dividida em dois momentos: um deles aborda a interação da pesquisadora com as cuidadoras, em que ambas relatam sobre suas vidas, fazendo relação com a criança arquetípica e a Copame. O outro momento é resultado da interação da pesquisadora com as crianças, no qual foi possível evidenciar algumas emergências simbólicas que elas demonstraram através de eventos repetitivos, como: a borboleta, o avião, a bicicleta, o castelo, a casa, o livro, etc. Assim, foi possível indicar, simultaneamente, os processos de abandonos e sopros de vida vivenciados pelas crianças, que, mais tarde, poderão entender seu significado com mais profundidade. Além disso, a pesquisadora fez uma reflexão de sua autobiografia, comparando-a com as simbolizações das crianças, e observou que existem semelhanças entre ambas. Isso a levou a concluir que é necessário uma percepção simbólica do educador na Copame, a fim de facilitar o processo auto-organizador das crianças, a partir de uma conduta responsável do educador para com ele mesmo.
Palavras-chave: Criança, sopros de vida, abandono


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